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terça-feira, 6 de julho de 2010

A MISSÃO DE JESUS EM JOÃO

A ação de Deus em enviar o filho é o ponto culminante para que possa haver melhor compreensão do que significa missões. E isto, está explícito nos escritos de João a partir do momento em que ele apresenta o verbo de Deus deixando clara a natureza de Jesus; o verbo se fez carne, 1:1,14. João é usado por Deus para que soubéssemos que Jesus Cristo era plenamente Deus em forma humana. A obra missionária anunciada em Gn 3:15 estava se cumprindo n’Ele para Ele mesmo através do filho que é a expressão exata do pai. João esclarece a identidade de Jesus no cap. 1:29-34.

A mensagem central de Jesus em João foi o manifesto à humanidade em uma exposição de vida operante que revelava o pai com a presença do Cristo trazendo a salvação de pecadores, o ministério da cura e o evangelho do amor.

Em todo o contexto literário bíblico vemos Jesus sendo completo em todos os aspectos de sua missão, e em João podemos observar o seu ministério itinerante sendo usado com sinais que mostram esta característica de realizar o serviço de maneira plena e é tão perfeito o que é realizado por Ele que em todas as suas atitudes vemos verdades que centralizam lições para o homem ser alcançado para a vida, como por exemplo, Dockery descreve o quadro dos sete sinais, mostrando em João no cap. 2:1-11 que Jesus transforma água em vinho, mensagem que aponta para um Jesus como fonte para todas as bênçãos do futuro de Deus. Is 25:6-8; Am. 9:13,14. Ao curar o filho do oficial do rei 4:43-54; a mensagem está apontando para Jesus como o doador da vida. Em curar o inválido em Betesda 5:1-15; mostra o messias como o colaborador do pai. Ao multiplicar os pães 6:1-15; indica Jesus como o pão do céu que dá a vida. Quando andou sobre as águas 6:16-21; prova que Jesus é divino, o Eu Sou. A cura do cego de nascença 9:1-41; reflete Jesus como àquele que dá visão espiritual. A ressurreição de Lázaro 11:1-44; aponta para o que é a ressurreição e a vida (paráfrase).

A missão do Messias em João era mais que um expressar de palavras, era acima de tudo uma prova de que Ele era o filho do Homem ligando à sua missão terrena 1:51, tendo por base Dn.  7:13,14.

Enquanto Jesus veio por amor para salvar, dentro dessa missão vemos a sua consideração para com o pai em levar a sua mensagem dando a entender que o Cristo era enviado de Deus e tinha a ênfase de com alegria faze-lo conhecido de maneira constante e incondicional fazendo a vontade daquele que o tinha enviado. 5:30; 6:38; 8:26; 9:4; 10:37,38; 12:49,50; 14:31; 15:10; 17:4.

Quando falamos da revelação do pai através do filho com a salvação para pecadores, subtende que a mensagem do apóstolo diz da missão do enviado de Deus que nessa tarefa há uma verdade ilustrada para que o homem apagado pelo pecado viesse entender a mensagem de resgate para o perdido; o que foi enfatizado pelo Senhor cap. 8:12; Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida. Esta mensagem traz não tão somente uma pregação oral, mas também um espaço para abrir o laço de união através da aliança no sangue I jo 1:9; tirando toda a barreira de separação que impedia o acesso do humano não ter relacionamento com o divino. O peso desse foco teológico repercute em vida que a luz traz ao que está em treva, um caminho aberto para que se ande na verdade e com isso o homem receber do céu a condição de ter de fato a verdade que tinha sido anunciada, encarnada que é transformadora. Não há missão sem que, o que é anunciado não seja com a prática do anúncio da mensagem. Jesus era a própria mensagem porque além do ensino, o que Ele era em si mesmo já representava a própria identidade daquele que tinha feito com que todas as coisas existissem.  Cap. 9:5,6; enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo. Tendo dito isto, cuspiu na terra, e, com a saliva, fez lodo, e untou com o lodo os olhos do cego. A salvação é a luz da vida focada nas trevas do inconsciente da alma, é a lâmpada de Deus que ilumina os passos no caminho do espírito humano.

A respeito do ministério de cura nesta missão é a prática do serviço com o sacrifício do amor, a resposta à necessidade do aflito para que o contrito seja consolado. É a vida socorrendo o necessitado. Na missão o socorro, no socorro o auxilio, no auxílio a solução, na solução a glorificação. 17:1-4... Jesus diz no 15:13; ninguém tem maior amor do que este: de dar alguém a sua vida pelos seus amigos. Aqui é o ponto culminante do evangelho do amor. Não há missão sem compaixão, o núcleo da vida é Deus e Ele expõe essa vida pelo amor porque Deus é amor. Começando por 3:16, vemos o sentido deste alvo, o sentimento perfeito por uma causa injusta que foi a transgressão, mas o comprazer de Deus pelo sacrifício de sua vida, justifica o perdido para dar a condição dele ser justificado e com isso a causa torna-se justa. O imerecido torna-se merecedor deste amor, porque Jesus fez o nome do pai conhecido para que com o amor que o pai tinha amado a Ele estivesse também nos discípulos para que a presença de Jesus também estivesse neles. 17:26. A missão do Mestre foi proporcionar um resgate não com fatos documentais, mas com a sua presença imanente, gerar em cada indivíduo uma fonte eterna que jorrasse para a vida. 4:14. Quando falamos do evangelho do amor, não estamos falando apenas por falar, é porque aquele de quem o evangelho fala é testificado por atitudes que condizem com a verdade, tendo um estilo de vida que corresponde com o que é anunciado. Jo 3:19,21; 4:26; 8:28; 9;33; 10:11; 12:28,30; 15:5-13,34; 15:9; 17:26; 18:8,11,38; 19:30; 20:14-16; 21:17,24,25.

Podemos assim afirmar que o Apóstolo João anunciou o evangelho do Senhor Jesus Cristo de maneira que nos leva a conhecer o maior e mais perfeito dos ministérios, um serviço que apesar da maneira drástica ao ser concluído por morte de humilhação, mas Ele foi triunfante ressuscitando e vencendo a própria morte para tornar vitoriosos os derrotados e feridos pelo poder do pecado. Jesus: o missionário por excelência, em si um exemplo tão simples que o mundo não pôde compreender, tão profundo que ninguém é capaz de explicar; a não ser por meio da fé obtida pelo poder da sua palavra quando anunciada. Obedeçamos ao ide.          



Bibliografia: 

BRUCE, F.F. João introdução e comentário. São Paulo: Vida Nova, 2002.



DOCKERY, David S. Manual bíblico vida nova. São Paulo: Vida Nova, 2001.



ALMEIDA, João Ferreira. Bíblia do Obreiro. Barueri-SP: Sociedade Bíblica

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